29.6.07

o festival do noddy nodoas e do bob o constrangedor


E não é que no"o meu primeiro festival"existe uma tenda vip!!

Prefiro não me alongar neste comentário, mas é impressionante e cada vez mais visivel que a sociedade em que alguns fazem parte é cada vez mais uma sociedade consporcadora de ideias e de ideais, querendo incutir desde o inicio aos mais pequenitos as barreiras e as diferenças sociais que movem o mundo. É de pequenino que se torçe o pepino, não é?

16.6.07

Planeta são vs Planeta doente


"Um planeta são encontra um planeta doente:«Que foi que te aconteceu?- Nem queiras saber, apanhei a humanidade!- Descansa, eu tambem tive essa infecção, mas, imagina, é mal que se autocura, desaparece por si!»

12.6.07

Como se esperava...

Como era esperado as respostas a uma pergunta tão simples como, Porque há montanhas? mostraram que, na verdade, quando confrontadas com questões básicas, poucas são as pessoas que realmente já tinham pensado nisso.

Próxima pergunta:

PORQUE HÁ TREMORES DE TERRA?



10.6.07

Teste os seus conhecimentos...

Este teste surge da constatação que muitas pessoas não sabem algumas respostas a questoes tão simples do nosso quotidiano, como tal vou colocar algumas questoes simples. para tal gostava que respondessem para todos analisarmos as respostas que surgem.

Porque há montanhas?


24.5.07

Sim ou Não?




Um viajante bem informado salvaguarda-se de algumas situações bem caricatas...
Porque é que na Bulgária o acenar da cabeça de "sim" e "não" é ao contrário do que a quase totalidade da população mundial faz?
Agora imaginem numa população em que nem 1% fala ou percebe inglês, e que o alfabeto é o cirilico, os efeitos contraditórios de que estes simples movimentos podem trazer.
Mesmo após essa constantação o nosso cerebro não consegue desassociar estes movimentos da mensagem intrinsecamente adquirida. Foi só rir. See for your self...

27.4.07

O Celibatário intelectual

Este personagem vive dentro de nós, come escola, bebe trabalho e respira relações, vive do quotidiano este personagem. Nasce o automatismo da síntese. Morre a analise.
Os pensamentos são absorvidos por futilidades, não guiamos os pensamentos, os pensamentos guiam-nos para o consumismo desenfreado, para os dejectos sensacionalistas e para as posses efémeras.
Que tens tu? Que te faz falta? Dá para comprar?
Porquê o culto de valores tão medíocres?
Procura a tua “matrix”.
Tal e qual. A tua vida nesta sociedade dentro dos parâmetros consumistas e tradicionais como os conhecemos são alimento para as “maquinas”, não para “boys” políticos, mas para os desconhecidos que seguram as cordas das marionetas. Não se deixem consumir, procurem a verdade.
Sim, temos que viver, temos que comer, temos de possuir, infelizmente temos sempre de viver com “temos”…então misturemo-nos durante o dia para conseguir ter os “temos”, mas a ver e não apenas a olhar, vivemos no rebanho de ovelhas brancas mas não podemos comer a mesma erva que as demais.

26.4.07

Cordeiros sem lã

A vida continua, os desejos também continuam iguais, as opções são diferentes, o mundo muda a uma velocidade desmedida, os “porquês” continuam, os “porquês” são cada vez mais, a necessidade de busca de verdade continua maior e mais refinada, houve alturas em que alguns “porquês” faziam sentido, hoje já não fazem assim tanto, nós mudamos, eu mudo, tu mudas, os “porquês” mudam, outros “porquês” não mudam.
Porque?
Talvez haja cada vez menos pessoas a perguntar “porque”, cada vez mais me confronto com o adormecimento de muitos cordeiros da sociedade, cada vez mais existem mais cordeiros, os cordeiros continuam cordeiros, os que outrora não eram cordeiros, são no agora, o acomodar generalizado é um facto, os níveis de contentamento são cada vez menores mas ainda assim, existem cada vez mais contentes acomodados. Poucos são os que questionam e muitos menos são aqueles que questionam hoje e continuam a questionar amanha. Para muitos a revolta de hoje não é a mesma de amanha, hoje ficam chocados com a noticia de abertura do telejornal, mas no fim do mesmo já a mente conspurcada com assuntos insignificantes tomaram o lugar da verdadeira questão, de manha a noticia é outra, o transito é outro, o túnel é o mesmo os senhores são os mesmos, voam com o vento “offshore”, e nós compramos Medis porque temos medo, medo, e assim a noticia de ontem já não existe, já não existe “porque”? …acorda “porque” acorda! O “porque” é a razão. Prevê-se um amanha…um amanha em que os cordeiros não vão ter lã.

Verdade ou Consequência??

....

11.10.05

Chuva de despreocupação

Avé chuva, cheia de graça.
Finalmente a chuva cai, para quem olha tudo está igual, mas para quem Vê tudo está diferente, os verdes das árvores, o céu azul, o castanho da terra e o seu cheiro forte, a bicharada mais activa, tentem reparar, tudo está mais bonito, assim todo o esplendor da natureza torna-se encantador, mesmo num ambiente urbano em que cada vez menos se presta atenção à essência das coisas, mesmo que essa seja a nossa.
A atitude despreocupada para com o ambiente da maioria dos seres das gerações passadas, incredulamente tem sido ultrapassada pelas gerações presentes, não se percebe como as pessoas se “cagam” para a sua própria “casa”, menosprezando todo o equilíbrio, já não queria tanto, queria apenas ver qualquer coisa que mostrasse que se estava a sensibilizar estas gerações, mas não, a despreocupação é cada vez maior, os “antigos” cometiam erros, erros muitas vezes inconscientes, mas tinham consigo valores de respeito pela “terra”, sabendo que eles faziam parte dela e que não estavam sozinhos, mas agora, agora o desdém pelo nosso enquadramento biológico associado a atitudes quotidianas egocêntricas é revoltante. PERCEBAM, tudo isto passa ao lado de QUASE TODA A GENTE, comoooooo?
Porque não amam as árvores?
Porque não amam o mar?
Porque não amam os bichos?
O que se ouve, é que a sensibilização é cada vez maior…mas é MENTIRAAAAAAA, tudo não passa de dogmas, e de atitudes socialmente bem aceites. É moda ser “verde”, é “in” fazer reciclagem…cambada de porcos, atitudes de boca para serem bem vistos…
Mudem, em vez de dizerem que mudaram.

3.10.05

Vai-se escrevendo

(Chegou o Outono...), e chegou tambem a hora de rascunhar e vos entreter com mais algumas filosofias baratas, pensamentos ociosos e algumas palavras como "bolinhas de sabão".
Para já deixo-vos uma frase de José de Almeida Negreiros que gosto bastante e que de certa maneira se quaduna com a merda que vou escrevendo por aqui.
"Dantas nasceu para provar, que nem todos os que escrevem sabem escrever"
José de Almada Negreiros in "Manifesto Anti-Dantas"

22.7.05

Deixa arder

Enquanto o pouco que algumas pessoas têm ia ardendo, direcionou-se todos os meios existentes para proteger do fogo a casa do antigo presidente da assembleia da republica Almeida Santos, animais e outros bens únicos iam sendo consumidos pelas chamas, ao lado helicópteros e muitos outros meios protegiam uma casa de férias….Alguém que me diga quem estabelece estas prioridades e como é que nós sentados no sofá compactuamos com estas atitudes e não mostramos a nossa revolta e desdém por atitudes cumplicistas desta natureza. Milhares de hectares ardem…pessoas ficam sem nada…nada mesmo…porque todo o trabalho de uma vida nos campos arde….e condiciona-se todos os meios para uma puta de uma casa!!!!!! As imagens passaram na televisão, no meio das serras um palacete era protegido enquanto centenas de idosos choravam por não haver um único bombeiro para tentar salvar os seus animais, estas pessoas não tem um emprego para irem na segunda feira de manha, para poderem recomeçar a sua vida, tudo o que tinham, ferramentas, terras, sementes, animais…tudo ardeu…com que justiça e com que serenidade dormem aqueles que não sentem isto e observam impávidos situações como estas. Durmam meus meninos, sonhos cor de rosa

16.6.05

Concepção ideológica

Para a maioria das pessoas, criar uma ideia completamente nova, é muitas vezes uma tarefa deveras complicada. Todos nós temos os nossos sistemas de ideias que criamos desde a infância, e outro qualquer sistema de ideias deixa de ser razoável. As novas ideias que vamos criamos ao longo do tempo, (ideias que criamos quando somos confrontados com novas situações) podem ser denominadas de razoáveis de estas se coadunarem com o nosso próprio sistema ideológico familiar, e são completamente irrazoáveis se não as conseguirmos encaixar. Ora, a dificuldade da concepção de novas ideias, (e quando digo novas ideias falo em ideias diferentes até na sua própria concepção e base de sustentação) poderá ser combatida com o fluir dos nossos preconceitos intelectuais e daquilo a que chamamos razão. Acordamos com a cabeça completamente preenchida por dogmas que não permitem que evoluamos conceptualmente, e acreditamos que cada passo dado no sentido da mudança radical de opinião é já o término de um objectivo evolutivo que se chama mudança.
Esta mudança de opiniões é algo que não podemos definir como uma acção coerente em relação a nos próprios, mas sem dúvida que podemos dizer que, uma mudança real na concepção ideológica é uma adaptação consciente a novas situações bem como um poder de apreender relações entre ideias.
A nossa matriz ideológica tem que mudar gradualmente mas é imperativo que assim aconteça, se não, acabamos corrompidos pela informação e acabamos como concubinos da defeituosa sociedade igualitária (defeituosa, não pelos utópicos direitos, mas pela perda da identidade individual).

14.6.05

Êxodo metrópole

Não me restam duvidas, que Lisboa é um dos piores locais para se viver, a qualidade de vida é diminuta em muitos aspectos, a qualidade do ar, das aguas, o tempo que se demora a chegar a qualquer lado por muito próximo que este se encontre, a individualidade cosmopolita é assustadora, praticamente tudo é mais caro, resumindo, tudo é mau quando comparado com uma outra qualquer localidade do pais, onde a maior parte dos serviços existentes em Lisboa também já por lá existem, a tranquilidade que se vive longe de uma grande cidade permite ganhar horas preciosas que normalmente se perdem nas filas de transito e de outro qualquer lugar onde se vá. Acabamos vivendo acomodados ao lugar onde nascemos e com receio de deixarmos para trás um lugar onde construímos a nossa vida, mas a solução para uma mudança é mais fácil que a própria atitude de mudar, basta nos despegarmos um pouco daquilo a que estamos habituados.
Com investimentos gigantes em vias de comunicação e com praticamente todos os serviços disponíveis na world wide web a vida num qualquer lugar remoto tornou-se vez mais fácil, e com todas as vantagens que acima referi como aspectos negativos de uma grande metrópole.
O usufruto de uma natureza cada vez mais rara ainda é possível se nos afastarmos um pouco das grandes cidades, não existe tamanha beleza como um céu estrelado como nunca se vê nas noites citadinas, a quantidade de estrelas é inacreditavelmente grande, durante o dia o barulho dos automóveis é trocado pelo cantar dos pássaros, a indiferença dos transeuntes desaparece para se instalar um constante cumprimento por aqueles que passam por nós, basta um dia num ambiente assim para que um diferente sorriso se instale nos nossos rostos.

7.6.05

Quem sou eu?

Eu talvez não seja eu
Eu talvez não seja outro

Eu talvez seja qualquer coisa de intermédio
Eu talvez seja como uma pedra que divide um rio

Eu talvez seja um beijo de sal
Eu talvez seja uma cereja madura

Eu talvez seja o que sorri ao sol e à chuva
Eu talvez seja o que chora ao sol e à chuva

Eu talvez seja o albatroz
Eu talvez seja o macaco pigmeu

Eu talvez seja solidão
Eu talvez seja multidão

Eu talvez seja o calado
Eu talvez seja o que não se cala

Eu sou o que quero
Eu sou o que querem

4.6.05

Confronto

Introspecções momentâneas daquilo que a realidade é, são apenas possíveis conjecturas de uma eventual possibilidade, porque no limiar da verdadeira existência, aquilo que realmente se é, não deixa de ser condicionado pelos padrões culturais envolventes, mas obviamente que o carácter afecta todo esse sistema estável que é o binómio: realidade biológica/sociedade envolvente. O carácter afecta de tal maneira o bom senso de algumas pessoas que começam a acreditar de tal maneira na realidade criada apenas por elas, que começa a ser uma verdade una e infinitamente real que ultrapassa a razão unânime da comunidade. Quando tal acontece, e se é seguido por alguém, sentimentos como a “pena” (que à partida não deveriam existir) deixam de existir. Como alguém me disse uma vez: “ é preferível um inimigo que uma paz enganosa”, comecei a corroborar a 100% com tamanha simplicidade de um sentimento tão complexo.

1.6.05

Doce de Criança

Passam os dias, passam as noites, tento esquecer a tarte de baunilha pensando na de chocolate, mas basta a ver para ficar novamente a sonhar com a manha em que provei tão saboroso prazer, não consigo passar sem ela, não a quero largar, sei que bem não faz, mas porque viver sem tamanho prazer, sei que viver com tamanha doçura vai me fazer chorar, chorar de infinita felicidade, chorar por ter o maior sorriso, chorar por ver tamanha festa de luz, mas que interessa, quero aproveitar cada momento, quero agarra-la como uma criança agarra na sua mãe, como uma cereja se agarra à cerejeira.
A tarte de baunilha parece não se estragar, ela continua com o brilho, com o cheiro, com o mesmo sabor da manha de primavera em que a provei pela primeira vez.
Porque és tão deliciosa tarte de baunilha?

31.5.05

Pega no livro, leva o livro

A cultura, através da leitura começa a fazer parte de mais uma moda consumista, vai-se a feira do livro e começa-se a ver uma porção de pessoas que compra pelo prazer de comprar, não porque está a comprar um livro, que obviamente dá um enorme prazer, mas apenas pelo gesto de comprar qualquer coisa, gesto que em si está pleno de uma atitude consumista, estragando assim por completo o momento mágico que é comprar um livro, momento esse que ainda esta espelhado nuns quantos rostos que por lá passeiam.
O prazer da escolha, o prazer de pegar no livro que ainda não foi lido, o prazer de sentir o cheiro do papel novo e da tinta não borrada perde-se para o consumismo do mundo livro, e para mais uma moda elitista de uns quantos que podem chegar e pegar nos livros que tem as capas mais bonitas sem fazerem qualquer tipo de selecção. A minha interpretação pode levar a pensar que estou a ser um tanto ou quanto preconceituoso, mas as feições apagadas de prazer que vi em algumas pessoas a quando do momento de comprar um livro leva-me a pensar desta maneira.

24.5.05

A justificação como resposta ao porque

A invenção de razões transcendentes para se poder justificar acções e atitudes que são realizadas por auto-interesse, instinto ou por qualquer preconceito, podia ser considerado como inofensivo se a filosofia justificativa deixasse de existir, mas uma vez começando a existência de algo tão adquirido como a banal justificação, é difícil por termo a tamanha acção utilizada infinitamente. Não deixaremos de a utilizar, bem pelo contrario, continuaremos a utiliza-la para conseguirmos desenvolver a teia de relacionamentos sociais, e para se tirar quase como que por lógica perfeita uma série de conclusões.
A justificação funciona como que uma quase resolução da acção específica que premeditadamente as pessoas se propõem a justificar.
A questão da necessidade da sua utilização funciona quase como que uma resposta inconsciente de, rapidamente minimizar algo que sabemos que não foi praticado consoante o esperado. Se tal acontece a justificação acaba por ser a causa de uma determinada acção, que muitas vezes é utilizada de uma maneira premeditada.
Passa-se “metade do tempo” a justificar, basta olharem para quem fala com vocês ou para a televisão ou jornal, reparem na quantidade de vezes que o vosso interlocutor se justifica. É inacreditavelmente surpreendente a quantidade de vezes que isso acontece.

16.5.05

A descida pelas águas da verdade

Quando é que se perde alguém verdadeiramente? A morte física significa um afastamento perpetuo, mas a presença imortal continua ao nosso lado, mas quando a morte não é física mas sim emocional a presença dessa pessoa na sua essência mundana continua presente, mas a lembrança morre. Quando isto acontece será que existem ferramentas ao nosso alcance para se poder mudar tal acontecimento? O confronto com a inexistência de amizade que é o maior valor que existe numa relação entre dois seres humanos, será causa infinita de um afastamento? A resposta que infelizmente me ocorre, é que sim, aquilo que se pensa inabalável, seguro pelos alicerces mais resistentes, são destruídos pelas causas menos susceptíveis de tamanha destruição… mas quando assim acontece, dizendo com a maior tristeza, “há males que vem por bem”.

9.5.05

Parabéns

Palavras que falam, palavras que não dizem, caras que não falam, caras que dizem. Sim, por vezes somos confrontados com o silêncio das palavras, mas que interessa, quando o sorriso e os olhos podem dizer muito mais. O não conhecimento das expressões de quem está a nossa frente poderá ser um obstáculo para tamanha compreensão que requerem alguma disponibilidade e sensibilidade, mas obviamente e como se costuma dizer “a necessidade faz o engenho”. Mas quando se está perante alguém que usa essas mesmas expressões no dia a dia para poder manipular emoções e ideias de uma maneira consciente, como contornamos tamanha capacidade, e se consegue perceber qual é a expressão inconsciente?
Quando estamos numa situação em que a tranquilidade e o bem-estar reinam, e o coração bate forte, certamente que o desejo e a saudade ajudaram na descodificação das mensagens.

6.5.05

Ao “mexillón” galego!

Hoje, numa conversa de esplanada com um espanhol da Galiza que decidiu meter conversa comigo, para saber quais eram os melhores bares da costa para conhecer umas “chicas guapas”, a conversa foi-se desenrolando para outros assuntos e acabei por ter a prova final que não ouve qualquer reconhecimento por parte do governo espanhol e também de uma grande parte do povo galego, do trabalho de voluntariado feito pelos portugueses aquando do acidente do petroleiro “prestige”, dizendo que a maior parte dos espanhóis não faz a mínima ideia que centenas de jovens portugueses rumaram para a Galiza solidários com a desgraça que os estava a assolar.
Não digo que seja triste não haver esse reconhecimento, o que é triste é constatar o total desconhecimento da mobilização que ouve cá em Portugal, e depois do espanhol me surpreender com tal facto fui eu que o surpreendi ao contar-lhe o que por lá nos aconteceu, os concessionários de algumas praias, viam-nos não como voluntários mas sim como trabalhadores, querendo assim “obrigar-nos” a trabalhar em locais específicos para que uma determinada praia estivesse limpa aquando da abertura da época balnear, e assim os cafés e restaurantes pudessem começar a facturar, mais uma vez o lobby sobrepôs-se à boa vontade e a preocupação ambiental que estava inerente a acção de voluntariado, obviamente que quando situações dessas aconteciam imediatamente rumávamos para outras praias onde a real necessidade de apanhar o fuelóleo se sobrepunha aos interesses económicos. O que este espanhol consciente fez foi pedir-me desculpa pela insensatez dos seus conterrâneos e brindarmos ao “mexillón” galego.

4.5.05

Pombo correio

Memórias boas, memórias más, esquecimento….não guardar memórias de momentos passados não faz com que esses momentos não tenham existido, apenas ficam sem lugar na nossa consciência. Teriam esses sido bons momentos, ou teriam sido maus? A certeza é que eles existiram de facto.
Mas qual terá sido o trajecto desses momentos dentro da nossa consciência, passaram de momentos maus para momentos menos bons até passarem a momentos a recordar com alguma saudade até ficarem para sempre esquecidos até que algo como um sonho os faça novamente acordar?
Não tenho resposta para isso, pois a distinção de um mau momento para um momento que num futuro longínquo irá ser recordado com alguma nostalgia, e algo que muitas vezes me acontece.
A saudade será a recordação ou o desejo que um determinado momento se volte a repetir, ou um misto dos dois?
Existem alturas da nossa vida que não são apagadas pelas boas recordações que guardamos, mas as más tem tendência para se apagarem, mas tal não deveria acontecer, digo isto não por querer ser atormentado com tamanha dor, mas para que as causas que originaram essas más alturas não se voltem a repetir, mas a própria natureza humana faz com que o confronto com situações que poderão indiciar um possível sofrimento sejam completamente ignoradas e o desejo de viver um momento intenso faça com a lição seja completamente esquecida, mas o reverso da medalha é o culminar de sentidos que nos permitem voltar a repetir determinadas acções que nos irão proporcionar momentos agradáveis.
Sentir saudade de alguém que nunca mais vamos ver é doloroso mas faz com que os momentos não se apaguem e a memoria continue fresca o que acaba por ser gratificante e saudável, a verdadeira dor existe quando nos auto confrontamos com aquilo que ficou por fazer, e como tal somos impelidos a tomar atitudes mais marcantes e fortes para quem esta ao nosso lado, para que os momentos fiquem cravados na memoria e não ficarmos com a sensação que poderia ter sido feito mais.
Tudo isto é um pouco complexo, encontrar a distinção para diferenças tão subtis que é o nosso inconsciente controla a maioria das vezes.
O que me confronta efectivamente é a facilidade com que algumas pessoas se esquecem de determinados momentos. Com que adjectivo catalogamos tal atitude?
Será isso sinal de inteligência e versatilidade por se adaptar rapidamente a novas situações ou será sinal de falta de ligações sentimentais que não permite guardar recordações e ignore por completo as ligações emocionais passadas? Ou será, analisando mais superficialmente apenas um sinal que o passado não teve a devida importância e a marca desse passado foi facilmente apagada pelo vento?

3.5.05

“Let´s Lynch the Landlord”

O retrato do sistema político/governamental em Portugal pode ser acompanhado de perto mesmo em ambientes e locais mais pequenos onde uma pequena hierarquia administrativa tenta manipular e age com prepotência perante os seus supostos servos. Quando alguém de pouca autoconfiança e sem um papel preponderante e útil na sociedade de fora se senta no banco do poder (por mais pequeno que ele seja), usa e abusa dessa mesma regalia que deveria ser não de direitos mas sim de obrigações e de responsabilidades, como tal a extrapolação para o sistema politico é fácil e eficaz.
Vive-se num ambiente de opressão numa suposta liberdade, coisas simples como um trabalhador se sindicalizar poderá ser motivo de represália por parte da entidade patronal, e ainda se vai para a rua gritar no 1º de Maio? Ai que caralho de democracia se pensa que se está a viver, pode-se comparar com outros países em que o falta do conceito de realidade democrática faz com que o que esteja a ser vivido seja subentendido como o “ideal” e qualquer ataque a esse sistema “perfeito” seja contra-atacado com atitudes extremistas. Cá é o mesmo, pensamos que vivemos num estado de direito e se chame ao presidente dos EUA o líder do “Mundo Livre”, eu pergunto-me como? E vocês? Fazem essa pergunta? A tomada de consciência deve partir do principio que muito esta mal e que muito tem que ser mudado pelas nossas próprias mãos, e não nos podemos acomodar às conquistas de Abril. E todo este circulo de fascismo começa e acaba na natureza humana, e é levado para os postos de trabalho e cargos directivos supostamente não remunerados que ocupam, Estes humanos sedentos de poder e repletos de fraquezas e defeitos nunca deveriam ocupar tais posições, que fazem com que possam usar e abusar do poder para estimulo do seu ego prejudicando assim terceiros. O bem-estar de locais onde pelo numero de pessoas (e outros tantos motivos) exige-se que haja uma direcção deveria começar pelo bom senso de quem “é responsável por ela”, mas a falta de sapiência que se reflecte em atitudes pouco idóneas, fazem com que a resposta por parte de quem as sofre seja repressiva.
“A Luta Continua”

27.4.05

Besos de sal y nada más

O que nos leva a seguir os caminhos mais difíceis? Será a vontade de luta, a não acomodação a algo já adquirido? A perseverança obviamente que tem os seus limites, e obviamente que a escolha de caminhos menos tenebrosos se torna uma opção mais que justa e real, não podemos seguir indefinidamente por esses caminhos, as pernas vão-se cansando e as feridas começam a aparecer e cada vez mais difíceis de se curarem. Tal opção não pode ser considerada uma desistência mas antes um confronto com as realidades e necessidades da meta a atingir, pois nem sempre os caminhos mais difíceis nos levam aos melhores destinos, apenas nos dão mais garra a percorre-los, e por vezes não passa de pura teimosia a insistência perpetua de o fazer, quando surge o entroncamento tem que se parar e analisar se um caminho alternativo não nos levara ao mesmo local onde queremos atingir um determinado objectivo. A continuidade da caminhada deverá ser calculada por quem a está a fazer e não por terceiros, e o esforço devera ser sempre fruto da consciência e não de uma atitude precipitada.
O caminho têm que ser percorrido, caminhem por aquele que mais prazer vos dá, pelo menos até à vossa consciência assim o permitir.


Foto:Pedro (Açores 2002) (Espelho)

25.4.05

25 de Abril ou 4 de Julho?

Vivemos em Liberdade…ok sim vivemos… mas a quem devemos agradecer? Talvez devêssemos agradecer aos EUA pelo 25 de Abril… nós temos “liberdade” e eles o petróleo de Angola. A participação dos EUA no “25 de Abril” teve uma importância tal que obviamente teve que ser minimizada a ponto de nem ser falada, interesses que nos transcendem levantaram-se na construção da nossa liberdade e obviamente a descolonização das colónias Portuguesas, com um pouco de atenção, algumas breves leituras e conversas com alguém sabido da questão, torna-se fácil associar a presença e o interesse dos EUA nesse momento que permite que eu escreva o que me apetece sem que seja censurado e sem sofrer represálias. O que importa retirar destas afirmações, não é o por em causa a “liberdade” mas sim o encobrimento da participação, objectivos e lobbys económicos por parte dos EUA, e dos representantes que ainda hoje estão no poder, ou tem uma participação activa na politica portuguesa. Mas factos coincidentes em revoluções de outros países fazem com que esta teoria deixe de ser catalogada como “conspirativa”, e a necessidade da existência de países livres para que o capitalismo e o livre mercado pudessem reinar tal e qual na necessidade da junção das facções da Alemanha de Leste e a Ocidental, bem como de muitos países da América do sul e pelo resto do mundo fora. Pensemos nisso, e… que se foda o “avante camarada” e vivamos a liberdade em liberdade.


24.4.05

“Pode Alguém Ser quem não é?”

A diferença de perspectivas é algo com que todos nós nos deparamos, mas certas coisas deviam no mínimo (nem que fosse por valores morais) seguir alguma tendência na linha de pensamento e orientação, mas constata-se que nem sempre assim acontece, como infelizmente alguns historiadores e sociólogos fazem que partem de ideias pré concebidas acerca das causas de determinados acontecimentos, e que deformam os factos ao atribui-los a causas de uma determinada espécie, com exclusão de todas as outras. (que este comentário não seja mal interpretado por algum historiador ou sociólogo que por aqui passe para ler estas merdas) Na natureza das coisas nenhum ser humano tem a possibilidade de conhecer as causas para todos os acontecimentos, o melhor que um observador pode fazer é apresentar os factos. E é exactamente isso que eu tento fazer, não quero também ter a pretensão de ter conseguido essa neutralidade tão difícil de conseguir, o facto de atribuir causas com tamanha facilidade, não quer dizer que as ache exclusivas para determinados actos, não pretendo deformar a qualidade dos factos quando faço juízos de valor ou apreciações pessoais, são as minhas interpretações! Como qualquer outra pessoa tenho os meus sentimentos adquiridos, idiossincrasias inatas, e preconceitos, como tal é impossível me transcender, por isso atribuo determinadas causas a determinados factos, pergunto-me o porque da razão e inevitavelmente quando obtenho respostas acabo por as deformar numa certa direcção, outra pessoa qualquer iria atribuir outros factos a outras causas e assim deforma-las num outro sentido, mas existe o mínimo de coerência emocional e cultural que faz com que as pessoas se rejam por determinados valores que estão padronizados e existem numa multiplicidade mundana, que fazem com que por vezes determinadas perguntas sejam inevitáveis, e nos levem a pensar o porque das atitudes incoerentes e descabidas de sentido de algumas pessoas.

23.4.05

1+1=1

Obrigado Xico, "aquelas" "coincidências" vão fazendo o nosso quotidiano preenchendo-o com uma cumplicidade que só existe numa verdadeira amizade.


Francisco Rebolo (2004)

22.4.05

“Que dia é hoje, haa?"

Hoje é dia 22 de Abril e comemora-se pela 35ª vez o Dia da Terra, que se pare hoje por um momento para se fazer uma reflexão sobre os problemas ambientais que estão a destruir o nosso planeta…a nossa casa, para podermos pensar em formas de lutar contra a maré de destruição que O está a assolar.

19.4.05

Aproveitem…

Pessoal, comecem a preparar-se para o grande impacto, pois é, aquelas historias supostamente de ficção de embates de cometas com o planeta terra afinal deixou de ser ficção e a possibilidade de isso vir a acontecer é de uma probabilidade de 1/38….assustador não? O que poderá acontecer é que um asteróide baptizado de 2004 MN 4 vai passar junto (entre 24.000 e 40.000km) do nosso planeta em 2029, o cometa não representa um perigo imediato mas a força de gravidade da terra poderá alterar a sua orbita e fazer com que a colisão aconteça na probabilidade que eu escrevi em cima, no dia 13 de Abril de 2029. Ainda não se sabe qual a constituição do cometa, mas prevê-se que a energia resultante do impacto seja de 2200 mega toneladas. A termo comparativo saibam que a energia que resultou da bomba de Hiroshima foi de 13 kilo toneladas e a maior explosão nuclear (Tsar Bomba) foi de 57 mega toneladas (10 mega toneladas = 10.000.000 toneladas de TNT).


Já li variadíssimos números e diferentes probabilidades de impacto, mas o preferível é seguirem estes links para se manterem actualizados e para terem mais informações.
http://neo.jpl.nasa.gov/risk/2004mn4.html
http://neo.jpl.nasa.gov/news/news146.html
http://2004mn4.info/

15.4.05

Ponto final. Parágrafo

Aventuras e desventuras do quotidiano, pensamentos, ilusões e opiniões foram preenchendo as páginas deste blog diariamente durante 1 mês, chegou altura de quebrar um pouco a rotina…continuando a escrever mas sem uma periodicidade regular. Àqueles que foram acompanhando, o meu obrigado, pois se soubesse que ninguém lia, não valia a pena mesmo escrever, continuem a aparecer porque vou continuar a mandar uns bitates para aqui.

14.4.05

“Notas” de musica

Para estar pronta em 2001 a quando da realização da capital europeia da cultura, a Casa da Musica no Porto finalmente ficou pronta, não teria me dado ao trabalho de escrever umas breves palavras a cerca deste assunto se o incomodo trazido por esta obra tivesse sido só pelo atraso de 4 anos e pelos incómodos que deverá ter trazido aos habitantes do Porto, escrevo pois parece que as derrapagens são pré-programadas e os orçamentos servem apenas para dar alguma credibilidade aparente aos negócios, o que veio novamente a acontecer, esta obra custou 100.000.000€ (cem milhões de euros) 6 vezes mais que o orçamento inicial, o próprio presidente da câmara municipal do porto refere que “a Casa da Música custou muito aos portugueses a pagar e custou muito aos portuenses a ver andar.”. Depois disto devia de se responsabilizar alguém pelo desvio orçamental, certamente alguém ganhou muito dinheiro, e por vezes pessoas que roubam para comer são presas, enquanto outros fazem desvios milionários e saem impunes e no final ninguém questiona o que aconteceu a esse dinheiro.

13.4.05

Estaremos sozinhos?

Pensei que tinha chegado o dia, o dia pelo qual tenho esperado desde há muito tempo, que era ter a prova derradeira que existe actividade extraterrestre inteligente, uns talvez pensem que seja paranóia (acredito que quem assim pense seja uma pessoa levada a extremos egocêntricos) outros pensam da mesma maneira que eu, mas efectivamente eu acredito, mas falta me a prova final, prova essa que como escrevi em cima pensei que a tinha visto, imaginem o que senti quando a altas horas da noite sozinho numa estrada escura vejo uma luz intensa o suficientemente anormal para me deixar logo com os batimentos cardíacos mais acelerados, mas até aqui tudo bem, agora imaginem essa luz aumentar de intensidade, em a abrandar o carro já completamente assustado por estar a ver algo completamente fora do normal e quando de repente a luz se some num breve instante, o meu coração bate a um ritmo descontrolado mas com uma alegria que não consigo descrever quando de repente a luz aparece novamente e aí eu pego no telemóvel para tentar tirar uma foto para ter qualquer tipo de registo, esta sensação durou uns segundos, mas foram de uma intensidade indescritível, mas infelizmente (obviamente) rapidamente se desvaneceu, pois quando a luz saiu por detrás de uma nuvem, o que apareceu foi um comum avião comercial mas com uns quaisquer focos ligados devido à nebulosidade nocturna. Alguns podem se rir pela julgamento precipitado que possa ter tido, mas na realidade todo aquele conjunto de elementos diferentes, levaram-me a pensar de tal maneira. Aguardo então que surja algo nos céus que os meus olhos um dia vejam para provar a mim próprio de tal existência, e digo isto porque infelizmente existem muitas pessoas de memoria curta que já não se recordam do que aconteceu dia 1 de Junho de 2004 quando foi observado por todo Portugal uma luz estranha com movimentos ascendentes e descendentes impossíveis de serem associados a qualquer maquina construída pelo homem ou por qualquer meteorito, o objecto que emitiu essa luz foi seguido pelos radares da força aérea Portuguesa que deram pela sua entrada em Portugal junto ao interior algarvio, seguindo para o litoral, baixando de altitude junto a Lisboa, subindo quando passou pela capital, e tornou a fazer esse movimento ao passar pelo Porto. Estes dados foram confirmados por altos responsáveis da força aérea nos telejornais, mas rapidamente a notícia foi ofuscado por qualquer escândalo mediático e fez-se o que é característico em Portugal. Aos mais cépticos deixo-vos alguns relatos e observações feitas.

“O porta-voz da Força Aérea (Coronel Carlos Barbosa) confirmou que esta noite passada (1-6-2004) pelas 11h00 foi registrado "um alvo" durante dois ou três minutos pelos radares de defesa área, o que seria impossível no caso de se tratar de um satélite.”
““Às 23:44 a torre de controlo do Porto detectou um objecto com uma atitude ascendente, que 25 minutos antes tinha sido reportado no Montijo e em Beja como um objecto não identificado", explicou o porta-voz da empresa, Paulo Lagarto.”
“José Fernando Monteiro, da Faculdade de Ciências de Lisboa, diz que não há explicações para o fenómeno.”
“O próprio Instituto de Meteorologia diz não ter explicações para o sucedido. "Com toda a franqueza, e com os dados que tenho, digo que se trata de um ovni, no sentido em que é, até agora, um objecto voador não identificado", disse à Lusa José Fernando Monteiro.”
“Fernando Monteiro, docente investigador do Departamento de Geologia da Universidade de Ciências de Lisboa, rejeitou a possibilidade de queda de um meteorito. "Seria muito mais rápido e causaria um enorme estrondo", eliminando a hipótese de outros fenómenos meteorológicos. Fora de questão ficou ainda a hipótese de precipitação de um satélite ou de fragmentos do mesmo.”
“O fenómeno, descrito como uma luz branca e intensa, com fumo e sem som, foi também detectado por controladores de tráfego aéreo de Beja e do Montijo e avistado pelos bombeiros do Aeroporto de Lisboa.”
“O Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil recebeu chamadas de vários pontos do País, desde Penafiel, Vendas Novas, Évora ou Algarve. Também o Centro Operacional da Força Aérea confirmou à Lusa o fenómeno, ocorrido cerca das 23h15, mas não tem resposta para o mesmo.”

12.4.05

Beleza made in Taiwan

Uma prática corrente nos dias que passam é a utilização de implantes de silicone. São diversas as possibilidades de aplicação de silicone: correcção de deformidades do nariz, correcção do queixo, reforço da parede abdominal, nas nádegas, substituição de testículo, prótese peniana, implante mamário, entre muitas outras. O implante mamário é a cirurgia estética mais frequente nos dias de hoje, e porque? Acredito que as mulheres que tem os seios pequenos se sintam melhor com seios maiores do que os que a natureza lhes ofereceu. O motivo pelo qual a mulher se sentirá melhor por ter os seios maiores não vou discutir aqui. O motivo pelo qual abordo este assunto é devido à polémica existente à volta deste assunto, pois, quem tem dinheiro para publicitar e esclarecer a opinião publica em relação a este assunto, são as clínicas que efectuam estas cirurgias, e as mesmas não vão esclarecer os seus clientes e potenciais clientes dos riscos inerentes a uma tal cirurgia. Pois é, é que efectivamente eles existem, e são vários. A Food and Drug Admistracion afirmou depois de efectuado um estudo que 93% dos implantes de silicone tem que ser retirados passado 10 anos de terem sido colocados, implicando assim mais uma cirurgia e todas as implicações clínicas a que isso obriga. Pois, mas infelizmente muitas mulheres assediadas mais uma vez pelas revistas, pela televisão, por todas as implicações sociais levadas a cabo pela beleza invejável de algumas mulheres, e pela falta de individualidade acabam por sentir um impulso que as levam a cometer tamanha atrocidade contra o seu próprio corpo.

11.4.05

Carrossel

A subjectividade poderá ser benéfica em variados aspectos, mas quando essa mesma subjectividade é usada para prejudicar terceiros deixa de ser benéfica para se tornar uma arma poderosa para quem a usa. Os destinatários dessa mesma subjectividade acabam por ser usados sem escrúpulos e sem argumentos da razão. As interpretações possíveis de um mesmo assunto pode deixar pessoas sem armas para combater o comando eficaz e prepotente. O que fazer quando o pragmatismo surge e traz consigo o desdém da eficácia? Respostas como: combate e argumentos eficazes infelizmente por vezes não são válidos, ainda para mais quando se luta contra a incoerência de algumas pessoas que tem o dom da competência e da influência a terceiros. Não deveria qualquer julgamento ser dado por varias interpretações? Sim deveria, mas, o uso da autoridade assim faz com que não aconteça, e por vezes a total confiança de um indivíduo mandatário faz com que necessidades dessas não se levantem, e outros tem que se sujeitar ao silencio, para que consequências desastrosas não aconteçam, e tenham que agir rodeados de uma áurea de benevolência que nunca interessou quando aspectos práticos acontecem, e a propaganda é fruto de uma vingançazinha emocional.

10.4.05

O perfume da morte

Ao cúmulo que os interesses económicos chegam! Este é o único pensamento que se origina quando se é confrontado com dados de um estudo que indica que a vacina para a Sida e para a doença de Alzheimer iram surgir dentro dos próximos 30 anos, altura em que também se habitara a Lua e que se terá em casa pequenos robôs para efectuarem as tarefas domesticas quotidianas.
Não seria preferível dirigir os fundos existentes no desenvolvimento de tais robôs que apenas tornaram a vida das pessoas mais sedentária para o estudo de uma vacina contra uma doença que é uma epidemia mundial?
È obvio que estou a sonhar…pois o dinheiro que gerará o comercio de robôs ou viagens turísticas a Lua, excedera em larga escala as receitas provenientes de uma eventual vacina contra a sida, que como todos sabemos está mais diversificada em países chamados de Terceiro Mundo, onde a sensibilização, informação, cultura e os métodos contraceptivos existentes não permitem o combate ou um alastramento controlado da doença e que obviamente não terão possibilidades para comprar a vacina muito menos fazer umas férias na Lua, o que tal já acontece, pois a Sida, doença já considerada crónica, caso os medicamentos sejam tomados em conformidade com as prescrições médicas, continua a matar muito mais rapidamente nesses países onde os governos não comparticipam a compra dos mesmos.
E obviamente que é utópico eu sequer pensar em dirigir esses tais fundos para a pesquisa de uma vacina, quando hoje em dia, se gasta mais na pesquisa para a industria da cosmética que na pesquisa para a vacina contra a Sida.

9.4.05

“Rebuçadinhos”

Ficou finalmente provado…sim…o FCP pela mão do seu presidente, subornou árbitros para que estes favorecessem o resultado final dos jogos. Agora, mesmo para os mais cépticos nas questões futebolísticas, que pagam cotas e valores elevados para assistirem aos eventos desportivos, não se esqueçam da próxima vez que o fizerem que talvez o resultado possa estar tendenciosamente influenciado com a ajuda do arbitro que poderá ter recebido um “rebuçadinho”, que segundo o jornal CM o “rebuçadinho” era uma prostituta oferecida pelo FCP. (isto no caso do jogo Nacional-Benfica). Agora meus amigos, que foram defendendo as mais valias do futebol e das despesas decorrentes do Euro 2004 em detrimento de verdadeiras necessidades do país, pensem antes de irem pagar as cotas, pois esse dinheiro talvez vá para ajudar a pagar “rebuçadinhos” aos árbitros, eliminando assim por completo todo e qualquer sentido que o jogo ainda poderia ter.

8.4.05

Desafinado

"Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo, devo argumentar
Que isso é bossa nova, que isso é muito natural
O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolley Flex
Revelou-se a sua enorme ingratidão
Só não poderá falar assim do meu amor
Ele é o maior que você pode encontrar, viu
Você com sua música esqueceu o principal
É que no peito dos desafinados,
No fundo do peito bate calado,
É que no peito dos desafinados também bate um coração"

Pergunto-me porque é que a Coca-Cola pegou nesta música cheia de alma e significado para banda sonora de um reclame comercial, estão a desvirtuar todo o sentido da letra!
Não existem mais palavras para exprimir o que estou a pensar, a não ser “uma imensa tristeza”.
Para que percebam o que estou a dizer tentem ouvir a versão da Nara Leão ou da Elis Regina.

7.4.05

Asas, para que te quero?

O vento vai soprando, os cabelos esvoaçam, a areia límpida fica sem pegadas, apenas marcada pelos meus pés, que marcham rotineiramente para trás e para a frente enquanto me preparo para a viagem, o mar revolto tende a que me afaste dele, mas o chamamento do vento é mais forte, e o meu impulso automático é de me fazer ao mar, para me deixar levar pelo barulho intensamente silencioso do vento, estando no mar deixo para traz a praia e todos os pensamentos, os bons e os maus, não se pensa em tristezas nem em paixões, o vento trata de apagar tais sentimentos. Ao deixar-me levar voo como uma folha, está se sem rumo, tenta-se que o controlo seja o mínimo, por isso o desejo de voltar para trás é nulo, só acontece porque o receio de estar no mar tempestuoso é maior, o aproximar de terra novamente é um sentimento tranquilizador mas ao mesmo tempo obscuro, pois sei que é nesse sentido que me espera uma cabeça cheia de realidades boas e mas, mas a leveza do vento faz com que nem as boas queira, apenas quero chegar a terra e voltar-me novamente de costas e arrancar para mais um momento em que o espírito se eleva e nem as aguas escuras ofuscam o seu brilho momentâneo.

Cada um de nós encontra momentos em que se sente acima da realidade, façam para que esses momentos de repitam em detrimento de uma acomodação citadina e sedentária.

6.4.05

Descriminação policial

Vivemos numa suposta sociedade equilibrada e justa, onde as diferenças éticas, sociais e religiosas não são motivo de descriminação, pelo menos a Lei assim o defende, e como esta bem explicito nas paredes de pelo menos algumas esquadras da policia. Obviamente que a descriminação racial é comum no nosso país mas todos tentamos esconder de nós próprios esse confronto diário, a repugnância que tenho por quem move esses indignos actos xenófobos é gigante. Outro aspecto que move alguma discriminação é a diferença social, muitas vezes vemos os olhares superiores de quem ostenta roupas, automóveis de luxo e muita mania, para quem é bem mais simples, olhares esses de quem muitas vezes a figura é o mais importante, e a pobreza espiritual é dominante, e que muitas vezes abdicam de valores e de bens mais importantes para poderem ostentar tamanhos valores.
Digo isto pois alguns desses actos discriminatórios afectam efectivamente a vida de algumas pessoas, e que esses actos deviam ser repudiados por todos, a própria atitude da policia, que estando a trabalhar e tendo como regras não fazer qualquer tipo de descriminação, tende a agir segundo esses princípios errados. Exemplos desses todos temos, e muitas vezes são vistos na televisão, eu também tenho alguns, como por exemplo o ser proprietário de um carro velho, nas estradas compreende-se o porque de mandarem parar tantas vezes carros velhos, podendo de alguma maneira estar a circular com alguma contra-ordenação, mesmo assim não deixa de ser discriminatório, mas quando se está parado….isso sim…isso é autentica descriminação social, pois se estivesse dentro de um qualquer outro carro, nenhum policia me pedia para me identificar duas vezes no mesmo dia.

5.4.05

"eu" (boa) e "thanatos" (morte)

Talvez por ter sido influenciado por filmes como “mar adentro”e a fantástica historia de vida (e morte) de Ramon Sampedro e talvez um pouco por “milion dollar baby” a minha opinião sobre a eutanásia (euthanatos) tenha mudado, sempre achei que seria digno de alguém lutar pela vida, mesmo que essa luta fosse ao nascer do sol todos os dias, uma luta já perdida, mas pensei que sobrasse sempre um resto de esperança que permitisse continuar a lutar para que fosse pelo menos esperar por qualquer milagroso avanço cientifico que pudesse trazer uma cura, o que acontece com alguns milionários, que a troco de uns milhares largos de euros, mandam crio preservar o seu corpo na esperança que no futuro, haja uma cura para a doença que esta na eminência de o matar, e assim preferem arriscar, a darem-se como mortos à espera do dia “em que não mais acordem”, são restos de esperança como estes e outros mais bem “comuns” a que me refiro, por isso sempre dignifiquei a luta pela sobrevivência, obviamente nunca me opondo a quem o deseje fazer, mesmo que por vezes por motivos tão menos condicionantes como no caso de uma paralisia permanente. Mas vendo bem as coisas, e continuando a critica do ultimo post à opressão imposta pela igreja, quem somos nós, que não estamos dentro de um corpo que por qualquer motivo está a sofrer, achar que essa pessoa deverá ou não ser obrigada a viver com, muitas vezes dores físicas e/ou psicológicas insuportáveis e intoleráveis para qualquer ser vivo, porque não podemos nós compreender e aceitar que muitas vezes nos hospitais e não só, sobrevivem vidas que outrora radiosas, já não tem brilho, e sofrem impiedosamente apenas porque um qualquer complexo religioso e legal não permita acabar com o sofrimento da mesma, ou caso essa pessoa já não tenha condições logísticas para o fazer (o que deve acontecer na maioria das vezes), que seja ajudado por aqueles que o acompanharam na vida e que agora pretendem ajuda-lo na morte, como escape para o sofrimento.
Não devemos ser nós, os ainda aptos, que deveríamos entrar na luta contra esse preconceito, e lutar para que a situação seja mudada?
Não estamos nós (indivíduos da sociedade) já preparados a aceitar o aborto (nas condições que todos nós sabemos ser aceitáveis e não como medida contraceptiva) como forma de dignificação dos direitos das Mulheres e de melhores condições de vida para quem entra neste mundo, porque não nos preparamos também para aceitar a morte assistida como forma de dignificar quem já viveu e não mais o quer fazer?

4.4.05

O Regresso da “Santa Inquisição”

Depois de anunciada a morte do Papa, rapidamente são pedidas aos mais altos responsáveis da igreja Portuguesa, as suas opiniões acerca do ultimo pontificado, mas estes desejosos de mediatismo e agarrando então a oportunidade, logo iniciam uma medonha e incrédula propaganda demagógica sobre a vida e o aborto. Claríssimos sobre os seus ideais, não ponderam sequer o diálogo, e aprontam-se a rematar que sobre o aborto as suas opiniões são explícitas, opondo-se ainda a realização do referendo, alguém tem que explicar a estes infelizes senhores que vivemos numa democracia e que para transmitirem uma opinião tão gravosa deveriam no mínimo tentar mostrar alguns argumentos. Não existe por parte da igreja uma reflexão sobre os problemas que situações ilegais de aborto podem trazer, fechando-se sobre os seus dogmas. Não existe na igreja o culto da mudança, como podem ficar eles surpreendidos pela falta de novas vocações, quando um mundo cada vez mais informado tenta obter respostas que a igreja não dá e ainda pior, ignora.
É um autêntico escândalo saber que a igreja promove a ideia que votar ou participar em campanhas a favor da legalização do aborto tambem é motivo que impede o padre de dar a comunhão.
Pior que esta atitude, de certa maneira já esperada por parte da igreja, o facto mais surpreendente, foi ter ouvido por parte do antigo presidente da republica Mário Soares dizer que era mais importante realizar-se antes do referendo sobre o aborto um outro referendo, sobre a Constituição Europeia.
Não devia um senhor com o “peso” que tem sobre a sociedade Portuguesa, tentar medir melhor as suas palavras e recordar-se dos perigos existentes na não legalização do aborto que levantam princípios sobre a dignidade das mulheres.

3.4.05

Abutres

É com tristeza que se assiste a inacreditável mediatização que se faz da morte do Papa, uma autêntica extorsão o que se esta a fazer, a morte de uma pessoa não deveria servir para que as televisões propagassem dias a fio essa notícia. Mas obviamente que nenhuma estação quer ficar atrás num acontecimento tão marcante, que por esse motivo, trás consigo muitos benefícios. Esta notícia serviu para que milhares de jornais fossem vendidos, e as pessoas acompanhassem ininterruptamente o desenvolver dos acontecimentos, obvio que também os anúncios comercias encaixados pelo meio.
O que aconteceu no Vaticano, pode se comparar com o que acontece numa qualquer planície africana, em que os abutres sobrevoam um animal ainda por morrer, é inadmissível, que o próprio Vaticano tenha permitido tas acontecimento
As imagens a mim chocaram-me, ao ver uma quantidade infindável de jornalistas e de todos os apetrechos preparados para a queda final, e enquanto todas as familiazinhas estavam sentadas no sofázinho, um homem lutava pela sua sobrevivência, obviamente que ele soube que a morte se adivinhava ao ver tamanha confluência de jornalistas. Foi mais um momento porco que marca a história da televisão e a dos seus mandatários.
Este momento era esperado à muito tempo por muita gente, sabendo do dinheiro que iria originar, biografias do Papa estão há muito preparadas, à espera do momento da sua morte, para imediatamente serem lançadas nas livrarias, não querendo ficar para traz na luta desenfreada de publicações sobre o mesmo assunto que iram estar disponíveis. Vocês próprios podem confirmar isso, e vejam com que rapidez os livros sobre a vida do Papa iram aparecer.

2.4.05

É o internacionalismo monetário!

Assiste-se a um crescimento desenfreado das diferenças entre classes sociais, quais são as causas que provocam tal fenómeno? Por um lado uma exploração que quase pode ser chamada de escravatura à mão-de-obra estrangeira, obviamente por ser tão barata, e por não fazer qualquer exigência para ter mais e melhores regalias sociais. Este pequeno mas crescente problema atira a mão-de-obra não especializada Portuguesa para segundo plano, fazendo com que trabalhos outrora preenchidos por estes, estejam agora a ser realizados por emigrantes, ainda com o agravamento da centralização que faz com que as populações do interior se desloquem para as metrópoles aumentando assim o numero de necessidades por colmatar e que haja inadmissivelmente uma fonte de riqueza por explorar (como a floresta, e que acaba por arder para satisfazer as necessidades de meia dúzia de madeireiros milionários) e um sem numero de terras por cultivar, enquanto os potenciais trabalhadores e exploradores dessas riquezas aguardem sentados à porta de um qualquer centro de emprego para aprenderem uma qualquer tarefa que os vais atirar para a pobreza e para um emprego de escravo. Consequências….quem já tinha dificuldades em trabalhar por não ter qualificações académicas para um outro tipo de trabalho, vê se agora impossibilitado de o fazer. Por outro lado, cada vez mais arranjam-se pseudo-empregos para colocar nesses postos uma enchente de pessoas com algumas qualificações, que acabam por não ter qualquer papel importante para o evoluir da sociedade, e o desemprego aumenta, mas sempre com os números escondidos pelo governo pela mão do instituto de emprego que inventam cursos de formação profissional, numa tentativa muito pouco inteligente fazer com que esses números se mantenham ao mesmo nível dos países parceiros da EU. A partir do momento em que a riqueza gerada no país começa por algum desvio da tendência outrora estabilizada pela sociedade, a ser mal distribuído, as diferenças começam-se a acentuar, é uma bola de neve que não se consegue travar. E depois para espanto meu, observo que as pessoas ficam surpreendidas quando ouvem os resultados das vendas de imobiliários e da industria automóvel, e constatam que são os imóveis de luxo os primeiros a serem vendidos, e que as gamas mais altas de qualquer marca automóvel tenham aumentado vários valores percentuais, para não falar do aumento exponencial das vendas das marcas consideradas de luxo.
E o governo ainda pede para que mais mão-de-obra estrangeira venha para colmatar as necessidades de trabalho nacionais. Obviamente que tudo isto é levantado por um interesse acrescido das entidades patronais, que fazem estas exigências ao estado, pois vem assim as suas despesas com os trabalhadores bastante reduzidas.
Resta-nos aguardar que a globalização acabe por exterminar as bases que sustentavam o equilíbrio económico que fazia com que a “classe média” outrora em maior numero, se devaneie e seja atirada para a “classe baixa”, com grande contentamento da “classe alta” que assim deixa de “ter à perna” um sem numero de pessoas trabalhadoras que sonhavam em ter algo mais que o indispensável para sobreviverem.

1.4.05

Dia do quê afinal?

O amor é de longe o mais puro dos sentimentos do Homem, obviamente que o objectivo do amor reside na necessidade de procriação….mas não me vou alongar sobre esta minha interpretação….O que quero realmente escrever é que o amor por muito que seja …qualquer adjectivo que vocês entendam como sendo o que melhor se adequa a vossa forma de amar… é por si só um elemento de ligação entre duas pessoas que se unem por uma simbiose de vontades e necessidades e de estabelecimento de equilíbrio emocional.
Tentar compreende-lo pode ser um erro, basta viver e sentir, para que se perceba a sua intensidade.
Este assunto não é decididamente um tema que desejo escrever para com isso mostrar outros pontos de vista porque o amor é único para cada um de nós, cada um o sente e vive intensamente à sua maneira, uns mais friamente e de uma maneira controlada, outros vivem essa segregação de hormonas no hipotálamo de uma maneira muito intensa e quente, o que quero deixar explicito é que por vezes pensamos estar a viver algo, que a pessoa que esta ao nosso lado não está, e aí a acomodação é o maior erro e infelizmente a hipocrisia, e a cobardia não permitem transparência, transparência essa que faz com que os alicerces de uma relação sejam sustentos por uma base de confiança e cumplicidade.
O amor, por vezes pode ser uma mentira.
Felizmente a pureza de sentimentos é dado às pessoas verdadeiras e acabamos por perceber que há males que vem por bem e deparamos-nos "com um brilhozinho nos olhos", verdadeiro.

31.3.05

Aconteceu

A cultura da telenovela, é impiedosa ao ponto de conseguir fixar milhares de pessoas em frente ao aparelho estupidificante, a cultura Portuguesa nos últimos 20 anos é sustentada em parte por uma realidade, não real, terá de ter consequências, negativas certamente, historias de vida imaginadas miraculosamente ajudam a sonhar e a ter como bases de preconceito, coisas que nos impingem de uma realidade diferente da nossa, a realidade Brasileira (a maior parte das vezes) que é diferente da nossa em vários aspectos. São historias que fazem parecer a vida quotidiana de quem as vê um autêntico fracasso, e não admiro que muitas pessoas cheguem a um ponto pré depressivo por não conseguirem atingir vidas amorosas e profissionais perfeitas, idênticas as das suas queridas personagens. Extrapolando agora para o cinema, a própria imagem do actor que acaba por ser o ídolo de muita boa gente é sustentada por uma imagem que essas pessoas gostariam de alcançar, por isso o sucesso alcançado por eles. Não percebo como um horário nobre televisivo é totalmente preenchido por uma variada panóplia de novelas em vários canais, e o mais estranho é que todos têm as audiências bastante elevadas. Não seria melhor tentar oferecer ao telespectador um outro tipo de programas, programas esses que tivessem uma base cultural, ou educativa suficientemente elevada para que fosse de alguma maneira pedagógica, em vez de tentar esconder os problemas do dia a dia durante algumas horas, com uma outra fonte de problemas. Mas infelizmente a culpa não é só das pessoas que assistem, por muito que durante alguns anos tivessem limitadas a 4 canais, e eram impingidos com a programação que as estações televisivas escolhiam, outras opções existem, mesmo para quem não tem acesso a televisão por cabo. O problema reside no facto de sermos quase obrigados (para quem esta viciado em ver televisão) a ver o que eles querem….a programação é basicamente idêntica em 3 dos canais…os filmes são sempre do mesmo género, e repetidos uma mão cheia de vezes, ou são filmes de guerra à noite, ou então ao fim de semana os filmes são ou de animaizinhos que falam, ou criancinhas com doenças (como diz um amigo), intervalando com uns quantos do Indiana Jones, o único canal que se diferencia pela qualidade é a 2 que aposta numa programação alternativa aos outros canais, com uma programação que minimiza um pouco a carência de bons programas, mas mesmo assim a direcção deste canal apostou, não sei bem baseado em quê, de acabar com um dos melhores programas, esse programa era o Acontece, apresentado por um dos melhores jornalistas Portugueses, programa que deixou de ir para o “ar” há já algum tempo.
A televisão Portuguesa bem como todos os outros meios de informação para massas, são propriedade dos maiores grupos económicos, todos esses grupos fazem questão de ter alguma ferramenta para poderem “passar” a informação da maneira como entenderem que seja mais adequada aos seus próprios interesses.
Não admira porque a pouca qualidade e variedade oferecida aos telespectadores, assim torna-se mais fácil, oprimir alguns pensamentos mais ociosos e perigosos para a estabilidade social, a favor dos interesses de alguns.

30.3.05

Biblioteca de Babel

Que vai acontecer as tradições e aos conhecimentos empíricos perdidos, quando deles apenas sobrar uma efémera recordação rascunhada em papel ou numa velha fotografia amarelada? Que acontecerá as virtudes que adviram delas? Será que devido ao êxodo rural muitas delas já se perderam? Será que a centralização das populações fizeram com que hábitos e costumes por si só ricos pela diferença geográfica se perderão num futuro próximo? Será que as novas gerações deviam ter a preocupação e a obrigação de as guardar religiosamente para mais tarde as transmitir como sucedeu desde o mais remoto registo histórico? Será que estamos conscientes das consequências que essas perdas provocarão?
Acredito que muitas tradições e conhecimentos empíricos já se perderam, e sem certezas estatísticas ou de registo, acredito pela movimentação das populações nos últimos 50 anos que o “know-how” perdido durante estes últimos anos será certamente maior do que o que se alguma vez perdeu ao longo da história da humanidade, pois à 50 anos atrás as pessoas que viviam espalhadas pelo pais guardavam consigo todos esses conhecimentos que não existem em livros, e muito desse conhecimento ainda passou para os filhos, que, muitos já estando em grandes centros metrópoles não viram necessidade em aplica-los, usando em revés conhecimentos bem mais citadinos, usando-os no seu novo quotidiano, e assim se foi apagando da memoria a experiência criada e adquirida ao longo da história. A cada geração que passa, a perda é maior, e não há maneira de a recuperar. A preocupação em tentar recuperar daqueles que o sabem e que ainda estão vivos, devia ser de todos nós. Imaginar a compilação de tais conhecimentos faz me lembrar a biblioteca de Babel. Fazer um registo é como imortalizar um sem número de gerações que foram vivendo, sem nunca descurar esse conhecimento e essas tradições que permitiram que a sobrevivência dos mesmos fizesse com que a nossa sortuda existência fosse possível…e, se teve sucesso…é porque funciona….
O que muitos poderão perguntar é se efectivamente esses conhecimentos são de facto de tal importância, para uma preocupação tão cerrada da minha parte? Pois eu obviamente acredito que sim…pois TODOS os conhecimentos até hoje adquiridos provem de observações e estudos ancestrais, mesmo os mais avançados centros tecnológicos usam dados que foram adquiridos antes do desenvolvimento cientifico, o que este fez foi, porventura, aperfeiçoar, limar algumas arestas e na maior parte dos casos comprovar que efectivamente o que os “antigos” diziam “até era verdade”.
Os exemplos são vários….as técnicas utilizadas à 100 anos para medir o tamanho e a massa da terra eram bastante rudimentares quando comparadas com as de hoje, mas o calculo estava praticamente certo…dou este exemplo não sendo o melhor para se perceber a natureza do conhecimento que desejava que não fosse perdido…mas serve para se perceber a tamanha viabilidade desse mesmo conhecimento até quando o extrapolamos para algo como o tamanho do nosso planeta.

29.3.05

Chegou o “Admirável Mundo Novo”

Uma notícia avançada pelo Diário de Noticias ontem 28/3 mostra que Portugal quer criar uma base de dados genéticos. Sempre temi pelo aparecimento desta notícia, sinceramente acreditei que não fosse tão cedo que a iria ver, mas infelizmente e para espanto meu ela surgiu. O receio que tenho associado a esta notícia é real, muitas pessoas assim não o acham, mas vou vos constatar que assim o é. A base de dados genéticos é nada mais nada menos que uma base de dados onde o nosso perfil genético estará presente, o governo diz que a necessidade desta base de dados surgirá apenas para colmatar necessidades forenses, o que já acontece noutros países da Europa, mesmo por este motivo não só a favor desta invasão da nossa privacidade.
O uso desta ciência, pode ser positiva, a terapia génica é já usada nos dias de hoje, problemas nos embriões humanos poderão ser detectados com a aplicação deste novo conhecimento e doenças genéticas graves que irreversivelmente trariam uma má qualidade de vida a uma criança pode hoje em dia ser detectada, até aqui tudo bem, uma utilização forense e uma utilização preventiva, até, repito até poderia estar de acordo…mas o problema não fica por aqui.
Perguntas como, quem utilizara esta informação obviamente se levantam, certamente que isto irá trazer um longo e complicado debate às nossas televisões, e não vai ser fácil conseguir explicar as pessoas de que realmente se trata, pois assuntos de fácil compreensão são alvo de longos e aborrecidos debates, imaginem um sobre este assunto.
O que me assusta neste assunto, é que a maioria das pessoas não faz a mínima das ideias das consequências que este tipo de informação pode trazer, esta informação nas mãos dos bancos, companhias de seguros, entidades patronais, vão fazer com que tu por exemplo, caso tenhas propensão genética para um qualquer tipo de doença, não quer dizer que a vás ter, mas que tenhas o gene característico ao aparecimento de uma determinada doença (que diga-se de passagem é bastante fácil, qualquer um de nós ter no seu historial genético um familiar com cancro, Parkinson ou outra infelicidade qualquer) não consigas ter direito a um empréstimo para comprar casa, para fazer um seguro de saúde, para trabalhares numa determinada empresa, baseando-se no facto que podes eventualmente vir a ter uma destas doenças.
Num país tão corrupto como o nosso, este tipo de informação vai andar espalhado como sementes ao vento, as consequências vão ser devastadoras, aqueles que não conhecem este tema poderão pensar que estou a exagerar, mas se nós estivermos dispostos a isto, a nossa vida vai piorar, ainda para mais, não se percebe porque Portugal que sendo o pais europeu com menos conhecimento e capacidade cientifico/tecnológico quer ser inovador nesta tecnologia, será que vamos ser as cobaias? Pois porque neste aspecto não se pode testar esta tecnologia e medir as suas consequências num pais de terceiro mundo (como fazem por exemplo com vírus), onde nem sequer existe uma sociedade organizada como a nossa, Portugal é o pais mais “terceiro mundista” ocidentalizado, temos as características perfeitas para sermos ratos de laboratório.
Não, não podemos deixar que isto aconteça, é uma invasão à nossa individualidade e privacidade tal que não existirá maneira de se voltar atrás.
E isto é o principio duma catastrófica sucessão de acontecimentos, depois de condicionarem os empréstimos bancários, o direito a seguros de saúde e a empregos (entre muito mais coisas), depois da tecnologia estar imposta na sociedade, as diferenças sociais iram aumentar drasticamente, pois como todos sabem já hoje elas existem, e quem tem maiores capacidades económicas, pode dar aos seus filhos melhores colégios, melhores condições para à pratica de desportos, entre outras condições como o simples acesso à Internet que como fonte de conhecimento pode bem ser um factor decisivo na educação de uma pessoa contribuindo assim para o seu sucesso pessoal e profissional, agora extrapolem estas diferenças para um mundo (que pelos vistos não esta assim tão longe) onde os mais ricos poderão “comprar” e dar aos seus futuros filhos por exemplo os genes de maior inteligência e destreza física, se isso acontecer, como se volta para traz? Se eles já são ricos, se eles já tem mais e melhores oportunidades, então com estas diferenças mais acentuadas a estratificação social vai conhecer uma realidade nunca antes vista, e os degraus vão ser maiores e impossíveis de subir.
Não podemos deixar que isto aconteça, esta nas nossas mãos, não permitir que a nossa vida, na mais pura das forma utilizada como ferramenta para a estratificação social em prole das vantagens dos mais poderosos.

Aconselho a leitura de alguns livros para perceberem melhor a dimensão do problema:
“ O SÉCULO BIOTECH - Dominando o Gene e Recriando o Mundo” - Jeremy Rifkin
“O NOSSO FUTURO PÓS-HUMANO – Consequências da Revolução Biotecnológica” - Francis Fukuyama

28.3.05

Poluição à venda na bolsa de valores

Isto já parece o mercado negro, se não é, para lá caminha. Isto porque nos últimos dias devido ou à seca, o frio, o preço do petróleo e a entrada em vigor do Protocolo de Quioto fizeram com que o preço das licenças de emissão de dióxido de carbono aumenta-se, licenças que são a unidade de referencia do sistema europeu de comercio de emissões, então, se o protocolo de Quioto para reduzir a quantidade de emissões de dióxido de carbono fez com que fossem atribuídas licenças as industrias de cada pais, porque é que estas se põem a vender as mesmas? Sendo que o sistema prevê atribuir gratuitamente qualquer coisa como 12.000 licenças, incluindo as 239 Portuguesas. A ideia é fazer um balanço das emissões de cada empresa, quem tiver a menos pode compra-las no mercado, ou então vende-las quem as tiver a mais…parece-me a mim que o protocolo de Quioto onde depositei tanta fé, para um melhoramento significativo do ambiente, não passa de mais um lobby para fazer circular dinheiro, que como toda a gente sabe é um dos factores de crescimento económico. Será que a atribuição de licenças é feita sustentando-se em bases de poderio económico/governamental. Será que quem quiser aniquilar industrialmente um concorrente, basta adquirir um maior número de licenças? (licenças que ainda não foram atribuidas e já se transicionam através de acordos futuros) Será que a entidade que as atribui ira se reger pelas necessidades de desenvolvimento de países subdesenvolvidos? A mim não me parece…é uma tristeza que até algo tão nobre como a tentativa de vivermos num planeta saudável, seja aniquilada pelos mais poderosos que se focam nas suas necessidades pessoais.
Para terem uma noção do quanto o nosso ambiente é ignorado, saibam que para se emitir uma tonelada de dióxido de carbono basta qualquer coisa como aproximadamente 15€ (valor variável), sendo que este valor em Fevereiro era de metade.
Percebam que o respeito pelo nosso ambiente praticamente não existe e que temos que ser nós (os pequenos indivíduos da sociedade) a desmascarar o que se está a passar pela divulgação e por uma atitude mais activa em prole de nós mesmos e das outras espécies.

27.3.05

“Vai devagarrr”

Se o cepticismo, não fizesse parte da minha personalidade, eu até poderia supor que ou por um capricho da ironia, ou talvez até por um misto de superstição e coincidência, tivessem cauisado o que se passou comigo poucas horas depois do novo código da estrada estar em vigor e horas depois de ter escrito no “Porquê” o post intitulado “Código “morse””.
Mas tal como eu tinha escrito, que o novo código da estrada não iria reduzir o número de acidentes, eu sou a prova viva que efectivamente isso não vai acontecer, pois aliado ao numero de acidentes já registados desde ontem 26/3, eu próprio estive envolvido num, felizmente sem danos físicos de maior registro, apenas umas leves escoriações.
Fica aqui a imagem do estado em que ficou o carro, para vos mostrar que se não fosse o cinto de segurança, e a velocidade reduzida talvez a esta hora não estivesse fisicamente apto para escrever estas palavras.



26.3.05

Código "morse"

O motivo das novas mudanças no código de estrada, não são a meu entender, mudanças que farão diminuir a mortalidade verificada nas estradas Portuguesas, digo isto por vários motivos, o uso de colete por exemplo, não há duvida que vai fazer com que a visibilidade aumente em caso de uma avaria ou outro qualquer inconveniente que faça o automóvel parar, mas quando ouvimos as causas das mortes nas nossas estradas, não consta a morte por atropelamento por causa de má visibilidade de alguém que mudava um pneu ou esperava por reboque, consta sim atropelamento de peões transeuntes, e não me parece que vá ser obrigatório o uso de coletes a toda a gente que atravesse ou circule perto de estradas, portanto esta medida não faz muito sentido (como referi não digo que não traga segurança, digo é que não vai diminuir o numero de mortes), outras mudanças como a aplicação de coimas mais elevadas para quem não cumpra as novas regras, e a mudança de muitas contra-ordenações até agora consideradas graves para muito graves, vai fazer sim com que os bolsos do governo se encham cada vez mais, uma vez que a maioria das contra-ordenações que foram exponencialmente aumentadas são aplicadas a grande maioria das vezes dentro das cidades, onde o numero de mortes é uma milionésima parte das que ocorrem nos auto-estradas e nos itinerários principais, locais onde a presença de semáforos e de sinais “stop” é praticamente inexistente.
Em contrapartida a velocidade mínima de circulação nos auto-estradas foi aumentada de 40 km/h para 50 km/h, não digo que seja um incentivo à circulação em velocidade excessiva, mas o contrário também não foi… não há duvida que é perigoso ir-se no auto-estrada a 160 km/h e depararmo-nos com um automóvel a 40 km/h, mas também não morre ninguém por esse motivo, porque supostamente não se pode andar a 160 nem o carro que por algum motivo circule a 40 não estará na faixa da esquerda, a não ser por avaria, e nesse caso não é a intervenção da policia nem a respectiva coima que irá mudar essa situação ao infeliz do condutor que já tem o seu automóvel avariado.
Imagino já a perseguição que se irá desencadear nestes primeiros dias, tentando apanhar os condutores mais desatentos e desprevenidos, para não falar na corruptibilidade que se vai original quando as coimas são tão elevadas.
Os autores de tal barbaridade não conseguem enganar nem os menos atentos, pois o lobby está a frente de todos nós, para não falar na tamanha estupidez de quererem nivelar as coimas com os outros países da Europa, mas quanto toca a nivelar os ordenados, ninguém tem tanta pressa em colocar Portugal junto dos restantes da UE. Vamos pagar multas como pagam na Alemanha, mas é importante não esquecer que na Alemanha um empregado de balcão recebe 1500€.
Não querendo ferir susceptibilidades, aviso de antemão que a minha vontade desde já é escrever um cem numero de palavrões, para tentar mostrar a quem quiser prosseguir na leitura deste texto a minha tamanha revolta, por isso aqui vai….Filhos de uma granda puta, ladrões do caralho, vão comer à pala do trabalho e não andem a tentar arranjar maneiras de roubar o povo de maneira legal.
Esta alteração ao código, é inequivocamente uma maneira de fazer os cofres do estado aumentarem, pois as verdadeiras mudanças que, eventualmente poderiam surtir algum tipo de efeito na redução do numero de mortos na estrada ficaram por fazer, talvez por receio politico ou qualquer outro motivo ainda não decifrado por mim.
Espero que esteja enganado e que efectivamente se vejam os números de mortos e de feridos graves reduzirem. Não vai ser difícil confirmar…

25.3.05

Carica vs Nintendo

O conflito entre gerações é marcado por atritos, muitas vezes impossíveis de resolver, não por falta de tentativas nem por falta de bom senso e compreensão por parte dos envolvidos, trata-se de pontos de vistas irremediavelmente diferentes, que hábitos e usos tornam o consenso algo difícil de se obter. O que faz com que as diferenças temporais de existência, sejam uma fonte de conflitos? A própria condição económica, e o avanço tecnológico vivido em épocas diferentes fazem com que um luxo no passado seja considerado uma posse banal dos dias passados, até aqui tudo bem, aceitar estas diferenças e tentar ultrapassar os problemas, é algo que fazemos diariamente com os nossos familiares mais idosos, obviamente estou a generalizar, existem muitos “avozinhos” por aí espalhados mais “open minded” que muitos das gerações mais próximas das nossas. Agora pergunto-me a mim próprio, se já eu sofro de um preconceito originado por esta mesma fonte, será que a minha não-aceitação, a anúncios apelativos à sedentarização em prol do desporto é já um complexo que tenho em relação aos mais novos? Neste momento não consigo sequer aceitar como é que marcas como a nokia e grupos como a sonae, pela mão da worten, fazem anúncios explícitos e demasiadamente claros que apelam ao consumo de material informático e telemóveis com jogos em detrimento de uma actividade física saudável, pois torna o desporto mais seguro se obtarem por faze-lo sentado no sofá. Certamente já toda a gente teve a infelicidade de constatar o que vou escrevendo nestas linhas e é definitivamente para mim…um choque… não é que quisesse que os jogos que entreteram a minha infância, fossem os mesmo que fizessem os meus netos passar as tardes na rua, mas uma sedentarização imposta quase como que por preconceito social aos jovens privando-os de actividade desportiva ao ar livre é assustadoramente medonho, já hoje em dia isso se passa, muitos são os jovens que optam por ficar em casa a jogar computador do que ir para rua fazer qualquer coisa que fosse, esta medida e opção, muitas vezes também é recebida de bom grado pelos pais que minimizam assim as suas preocupações. Sei que uma resposta válida para este problema é difícil de se obter, pois se alguns pais mais conscientes obtarem por não dar aos seus filhos “as ferramentas do divertimento caseiro” em detrimento da liberdade obtida na rua, vão se confrontar com problemas menos práticos de solucionar como queixas “sou eu o único na escola que não tenho um telemóvel” e outras mais, viver a pensar que os nossos filhos são apontados com desdém pela negativa quando na realidade é pela positiva, não há de deixar ninguém tranquilo…mas que fazer?
As consequências que tudo isto pode trazer são óbvias, doenças do foro cardiovascular, obesidade e a maior doença inerente a este problema é sem dúvida a não socialização.
É um fardo pesado o que os miúdos têm de carregar se estes em conjunto com os seus pais obtarem por este estilo de vida que eu não duvido que seja mais seguro, mas depois, a médio e longo prazo, as consequências vão ser devastadoras.
Pode esta minha preocupação ser intitulada de “conflito entre gerações”?

24.3.05

Copy Paste

Pergunto-me, o que incentivará tamanha falta de carácter? Este confronto diário persegue-me, por isso me leva a escrever novamente sobre o assunto. (aconselho a leitura do texto “MacMundo” nesta mesma página)
Não queria pessoas perfeitas, ninguém o é, queria apenas ver pessoas “diferentes”, pessoas que não se misturassem na multidão, e que agissem segundo os seus pensamentos, não os pensamentos dos outros, a precoce individualidade é um facto, talvez com o atingir da maturidade mais uns quantos indivíduos sejam capazes de se libertar.
Porque querem todos ser iguais, será que tem medo de ostentar o seu “eu”? Isso sim, isso é verdadeiro, isso é sincero.
Será que a falta de carácter, é consequente do confronto que se tem com as “pessoas perfeitas” que vemos todos os dias e a toda a hora na televisão, jornais revistas, e não achando que esta persuasão é suficiente, a perseguição continua nos outdoors espalhados pela cidade, será esse o motivo pelo qual as pessoas não tentam ser elas próprias, e ostentam continuamente características que não são suas, desvirtuando assim por completo a sua própria identidade. Seguir “ídolos” é fruto de uma auto-estima limitada, é quase uma obrigação terem que os seguir, e o resultado pratico e visível nessa postura é a auto identificação em grupos socializáveis, e mais, tentam fazer isso também com os outros apelando que determinado sujeito também pertence a um qualquer grupo só porque tem uma vestimenta parecida, intitulando os outros com nomes que dividem a sociedade em grupos, é uma postura ridícula, deixarem-se engolir pela bárbara despersonalização.
Libertem-se caralho, talvez assim consigam um pouco mais da tão desejada atenção, talvez assim consigam viver desoprimidos e consigam viver em total e completa harmonia com vocês próprios, libertando-se dessa penúria intelectual que não permite ver alem da capsula que reveste a mente de cada um.
Quando isso acontecer o resultado certamente terá como consequência um bombardeamento intensivo de criticas apelativas ao não saber viver em sociedade como “não consegues ser igual aos teus amigos”, “não consegues ser como os outros” entre muitas mais, mas é precisamente isso pelo qual se luta, por essa diferença, a luta é um esforço minoritário para quem conseguiu não ser absorvido pela padronização dos indivíduos e conseguiu manter a identidade, quem não o conseguiu, o choque e a luta vão ser maiores. As comparações são diárias, mas assim vão conseguir dormir pensando que não são um “ditado” do que a sociedade em geral quer que sejamos.
Marquem o vosso espaço com a vossa diferença, e aceitem as críticas como elogios, pois na verdade é disso que se trata.

Francisco Rebolo dá 'sonoridade' ao Porquê com: O homem do Tambor e o Tambor que lixa

“Acendam-se os fósforos nos tambores”
“....ao longo do sambódromo as personagens delirantes rodopiam-se num frenesi de histeria pura e o som dos tambores inter-age com os seus corpos..."
...um turbilhão de gente é arrastada em torno de um palco móvel, estruturado hierarquicamente....
ali todos exibem o tambor que vive dentro de si. Ao ritmo do samba o povo espelha a imaginação que bate sob o efeito de ilusão no tambor...”
A sua sensibilidade passa sempre pelo Tambor. Este é composto por duas faces que se espelham uma na outra. Tudo o que lhe toca tem resposta imediata. O Tambor nos homens é um espelho com repercussão virtualmente equilibrada entre este e o seu meio. Apto, para absorver qualquer sintoma inerente á sua posição no espaço e simultaneamente para ser absorvido, cabe a nós dirigirmos cada uma das suas faces, com perspicácia.
A realidade do Tambor não é autônoma existe entre os seres e a sua realidade.Esta é a sua realidade individual, um ponto de consenso entre o sujeito e os objectos que o rodeiam. O Tambor não se restringe apenas á diversidade dos sons, sopra um gosto vibrante em todas as palavras, isto porque disfarçado e quase nunca questionado é considerado natural. Diria mesmo, que é um órgão virtual entre o próprio cérebro e o coração.
“...o tambor que lixa é um ruído porque não é um tambor,vive pendurado no meu pescoço, vibra!!! È um vibrado ou talvez um fio de ouro geneticamente estudado por Deus, um crucifixo!....”
“O Tambor requer um determinado afastamento,cada um vive com a sua medida. Cada individuo ocupa uma determinada posição, a relação entre esta e a sua realidade, encontra-se no modo como o Tambor apreende a vibração da realidade. Ambos utilizam o mesmo canal para comunicarem.”
“O jogo começa e termina no consenso de uma balança,as respostas dificilmente conseguem existir como seguimento das questões do jogo da realidade.” A perspicácia de utilização do Tambor parte de um primeiro nível educacional. Compreendido o modo de entrar em cena, a posição do tocador não pode ser a do reflexo sobre o espelho (o acompanhamento musical de toda a cena).
“... coordenadamente sobre as duas faces, o Homem do Tambor faz a percussão total da marcha. ...pulavam e sorriam, como se este lhes fizesse esticar as peles da cara...”
“.... entre as cores da Terra, encontro uma tribo de negros, isolados numa clareira. Dançavam exorcizados ao encontro das imagens que o som lhes proporcionava.... ... esmagadas as duas mãos negras sobre a única face do Tambor, tornou-se impossível acompanhar com o olhar a histeria de sons que faziam vibrar as peles do batuco e toda aquela gente.....”
Entre nós e o Tambor mediático deve existir uma distância que seja variável ao modo como as circunstâncias se abatem sobre as suas faces. O ritmo, esse é coordenado pelas acçoes lógicas, que se repetem tautologicamente. O Homem do Tambor pretende acompanhar com o som da sua percussão a melodia da sua realidade.(O real marca o tempo musical) O batedor visivelmente dispõe de um ou duas faces do seu Tambor, para executar a batida. Esta propaga-se normalmente a um nível mais alto de som. O jogo dos sentidos interligam se, e as regras põem fim a uma possível continuidade da melodia chamada realidade. Essa continuidade passa em primeiro lugar pelo aspecto pedagógico da absorção. O mais simples e suave pormenor poderá ter na percussão um prolongamento com um fim inesperado. A resposta mais curta nem sempre é a mais rápida de se percorrer.
A maquina inflamável funciona como o Tambor. O objecto da realidade entrou no Tambor e as paisagens tornaram-se cibernéticas. Um simples botão contêm uma inúmera quantidade de sons e imagens que se interligam como um sistema nervoso intra-activo. O mundo exterior passa para dentro do Tambor e as regras do jogo enrijecem num desequilíbrio mediático. O Homem do Tambor aproxima-se demasiado deste, e torna-se nele mesmo confundindo-se com a paisagem mediática que o absorve. O êxtase está na química do Tambor, o ritual selvagem retoma uma posição de choque.As imagens tomam um contraste com o ritmo e articulam-se com a realidade da máquina computadorizada.Dentro do Tambor a realidade eleva-se ao cubo e a realidade virtual ocupa o seu lugar como mundo absorvente.
“Em plena selva, várias tribos suburbanas encontram como refugio espaços próximos do céu e dos astros... ... montada a tenda de circo e erguidas as colunas do templo virtual,começa se a desfazer o som num caos tecnológico virtualmente semelhante ao natural. ...dentro das cabeças dos discípulos o estado de trance apodera-se é velocidade louca dos ácidos...as imagens começaram a surgir e desenham-se numa infinita manipulação do Tambor, que vibra extasiado pelo som.O surrealismo hipnótico das imagens ergue-se em oposição ao realismo tecnológico e urbano.”
É no meio termo entre a realidade individual e a realidade envolvente que encontramos o nosso Tambor. Uma cultura individualista aproxima-se e em ascensão. As diferenças são encontradas dentro do plágio dos objectos. A diversidade coexiste com uma escolha,pré-definida!
O Tambor soa de dentro para fora e sobre as peles exteriores, vive ainda a realidade.
O objecto da arte sofre de uma mesma definição de som. Esteticamente analisado dentro do Tambor soa a um individualismo organizado em circulo fechado. Os valores tomaram a liberdade por alguma coisa que só pode ser conquistada num sitio desconhecido. Não acompanhar a realidade será difícil e difícil é realmente aproximarmo-nos dela. Quando a definição estética da arte encontra a sua liberdade dentro de um sistema, cujas questões valem como resposta a um êxito proferido ao nível dos bens matérias e da fama.
Os valores artísticos tornaram-se antagônicos.
O objecto da arte vive como registo, de uma escolha, e não como uma realidade concreta.
Os audiovisuais apoderaram-se dos registos que algum dia poderiam ser históricos.
O Tambor toca de dentro para fora!
Qualquer sintoma manifestado dentro da chamada arte, se torna demasiado previsível. Fora do Tambor a realidade e a liberdade,oferecem-nos a subtileza e a acçao como armas contra o fantasma que a realidade intra-activa do Tambor nos proporciona.
“O Tambor não respira expira poeira faz-nos espirrar, rodamos mais uma volta no carrossel e chamamos-lhe uma revolução!
Tem de se saber bater no Tambor, porque o Tambor é do maestro lá da banda.
Fósforos nos Tambores que nos lixam!”
A arte começa no seu próprio fim.O registo existencial permanece para além da intenção,por isso exige da acçao a subtileza adequada a um fim com o registo nas cinzas.
“...Cubram-se as faces dos Tambores com lixa e acendam-se os fósforos luminosos o suficiente para queimar os registos da própria luz..
Nota: A lixa sobre o tambor faz a realidade rastejar no atrito desta.

23.3.05

Nem os melhores

Uma rápida conversa de café sobre a 15ª maratona de Lisboa, elucidou-me para os constrangimentos sofridos por aqueles que mais se esforçam numa competição deste género, sim, estou a falar daqueles que participam na modalidade de cadeira de rodas, uma rápida avaliação psicológica diz-nos que quem esta a competir em tais condições tem uma motivação acrescida a um comum corredor, e tudo o que desejaria, seria um igual tratamento entre os demais, pois tal não acontece….exemplos são muitos mas rapidamente e a titulo elucidativo exponho alguns: No site oficial onde as listas dos resultados estavam afixadas, os resultados da modalidade de cadeira de rodas não estavam publicados (um telefonema para os responsáveis do site, e logo se prontificaram a desculpar-se dizendo que em breve iriam ser publicados), apenas o jornal “o jogo” se dignificou a gastar uma linha de papel indicando o nome do primeiro e do segundo qualificado, o site da câmara municipal de Lisboa apenas refere o vencedor do modalidade mas não se inibiu ao dar ênfase à participação de nomes como Jorge Sampaio, José Sócrates e António Carmona Rodrigues, chegando ao cúmulo de fazer referencia aos ilustres que viam a prova sem suor. A discriminação não fica por aqui, a rampa de acesso ao pódio era de tal maneira íngreme que dois dos três atletas portadores de deficiências motoras, que depois de mostrarem tamanha força de vontade e que com tanto orgulho conseguiram superar (e vencer) a competição, tiveram que pedir ajuda para receber o prémio…irónico não?
Agora façamos nós o exercício de transpor estas dificuldades e descriminações para o mundo real, mundo esse que não esta equipado para “ter rampas de acesso ao pódio para os vencedores da modalidade de cadeiras de rodas”… pois, não convém esquecer que quem têm de ultrapassar tamanhas dificuldades e obstáculos diariamente no seu quotidiano talvez não esteja tão bem preparado física e psicologicamente.

Foto:Catarina Larcher
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