5.4.05

"eu" (boa) e "thanatos" (morte)

Talvez por ter sido influenciado por filmes como “mar adentro”e a fantástica historia de vida (e morte) de Ramon Sampedro e talvez um pouco por “milion dollar baby” a minha opinião sobre a eutanásia (euthanatos) tenha mudado, sempre achei que seria digno de alguém lutar pela vida, mesmo que essa luta fosse ao nascer do sol todos os dias, uma luta já perdida, mas pensei que sobrasse sempre um resto de esperança que permitisse continuar a lutar para que fosse pelo menos esperar por qualquer milagroso avanço cientifico que pudesse trazer uma cura, o que acontece com alguns milionários, que a troco de uns milhares largos de euros, mandam crio preservar o seu corpo na esperança que no futuro, haja uma cura para a doença que esta na eminência de o matar, e assim preferem arriscar, a darem-se como mortos à espera do dia “em que não mais acordem”, são restos de esperança como estes e outros mais bem “comuns” a que me refiro, por isso sempre dignifiquei a luta pela sobrevivência, obviamente nunca me opondo a quem o deseje fazer, mesmo que por vezes por motivos tão menos condicionantes como no caso de uma paralisia permanente. Mas vendo bem as coisas, e continuando a critica do ultimo post à opressão imposta pela igreja, quem somos nós, que não estamos dentro de um corpo que por qualquer motivo está a sofrer, achar que essa pessoa deverá ou não ser obrigada a viver com, muitas vezes dores físicas e/ou psicológicas insuportáveis e intoleráveis para qualquer ser vivo, porque não podemos nós compreender e aceitar que muitas vezes nos hospitais e não só, sobrevivem vidas que outrora radiosas, já não tem brilho, e sofrem impiedosamente apenas porque um qualquer complexo religioso e legal não permita acabar com o sofrimento da mesma, ou caso essa pessoa já não tenha condições logísticas para o fazer (o que deve acontecer na maioria das vezes), que seja ajudado por aqueles que o acompanharam na vida e que agora pretendem ajuda-lo na morte, como escape para o sofrimento.
Não devemos ser nós, os ainda aptos, que deveríamos entrar na luta contra esse preconceito, e lutar para que a situação seja mudada?
Não estamos nós (indivíduos da sociedade) já preparados a aceitar o aborto (nas condições que todos nós sabemos ser aceitáveis e não como medida contraceptiva) como forma de dignificação dos direitos das Mulheres e de melhores condições de vida para quem entra neste mundo, porque não nos preparamos também para aceitar a morte assistida como forma de dignificar quem já viveu e não mais o quer fazer?

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

;)

13:04  
Anonymous Anónimo disse...

Safaste-te...

03:30  

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