2.4.05

É o internacionalismo monetário!

Assiste-se a um crescimento desenfreado das diferenças entre classes sociais, quais são as causas que provocam tal fenómeno? Por um lado uma exploração que quase pode ser chamada de escravatura à mão-de-obra estrangeira, obviamente por ser tão barata, e por não fazer qualquer exigência para ter mais e melhores regalias sociais. Este pequeno mas crescente problema atira a mão-de-obra não especializada Portuguesa para segundo plano, fazendo com que trabalhos outrora preenchidos por estes, estejam agora a ser realizados por emigrantes, ainda com o agravamento da centralização que faz com que as populações do interior se desloquem para as metrópoles aumentando assim o numero de necessidades por colmatar e que haja inadmissivelmente uma fonte de riqueza por explorar (como a floresta, e que acaba por arder para satisfazer as necessidades de meia dúzia de madeireiros milionários) e um sem numero de terras por cultivar, enquanto os potenciais trabalhadores e exploradores dessas riquezas aguardem sentados à porta de um qualquer centro de emprego para aprenderem uma qualquer tarefa que os vais atirar para a pobreza e para um emprego de escravo. Consequências….quem já tinha dificuldades em trabalhar por não ter qualificações académicas para um outro tipo de trabalho, vê se agora impossibilitado de o fazer. Por outro lado, cada vez mais arranjam-se pseudo-empregos para colocar nesses postos uma enchente de pessoas com algumas qualificações, que acabam por não ter qualquer papel importante para o evoluir da sociedade, e o desemprego aumenta, mas sempre com os números escondidos pelo governo pela mão do instituto de emprego que inventam cursos de formação profissional, numa tentativa muito pouco inteligente fazer com que esses números se mantenham ao mesmo nível dos países parceiros da EU. A partir do momento em que a riqueza gerada no país começa por algum desvio da tendência outrora estabilizada pela sociedade, a ser mal distribuído, as diferenças começam-se a acentuar, é uma bola de neve que não se consegue travar. E depois para espanto meu, observo que as pessoas ficam surpreendidas quando ouvem os resultados das vendas de imobiliários e da industria automóvel, e constatam que são os imóveis de luxo os primeiros a serem vendidos, e que as gamas mais altas de qualquer marca automóvel tenham aumentado vários valores percentuais, para não falar do aumento exponencial das vendas das marcas consideradas de luxo.
E o governo ainda pede para que mais mão-de-obra estrangeira venha para colmatar as necessidades de trabalho nacionais. Obviamente que tudo isto é levantado por um interesse acrescido das entidades patronais, que fazem estas exigências ao estado, pois vem assim as suas despesas com os trabalhadores bastante reduzidas.
Resta-nos aguardar que a globalização acabe por exterminar as bases que sustentavam o equilíbrio económico que fazia com que a “classe média” outrora em maior numero, se devaneie e seja atirada para a “classe baixa”, com grande contentamento da “classe alta” que assim deixa de “ter à perna” um sem numero de pessoas trabalhadoras que sonhavam em ter algo mais que o indispensável para sobreviverem.

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