4.4.05

O Regresso da “Santa Inquisição”

Depois de anunciada a morte do Papa, rapidamente são pedidas aos mais altos responsáveis da igreja Portuguesa, as suas opiniões acerca do ultimo pontificado, mas estes desejosos de mediatismo e agarrando então a oportunidade, logo iniciam uma medonha e incrédula propaganda demagógica sobre a vida e o aborto. Claríssimos sobre os seus ideais, não ponderam sequer o diálogo, e aprontam-se a rematar que sobre o aborto as suas opiniões são explícitas, opondo-se ainda a realização do referendo, alguém tem que explicar a estes infelizes senhores que vivemos numa democracia e que para transmitirem uma opinião tão gravosa deveriam no mínimo tentar mostrar alguns argumentos. Não existe por parte da igreja uma reflexão sobre os problemas que situações ilegais de aborto podem trazer, fechando-se sobre os seus dogmas. Não existe na igreja o culto da mudança, como podem ficar eles surpreendidos pela falta de novas vocações, quando um mundo cada vez mais informado tenta obter respostas que a igreja não dá e ainda pior, ignora.
É um autêntico escândalo saber que a igreja promove a ideia que votar ou participar em campanhas a favor da legalização do aborto tambem é motivo que impede o padre de dar a comunhão.
Pior que esta atitude, de certa maneira já esperada por parte da igreja, o facto mais surpreendente, foi ter ouvido por parte do antigo presidente da republica Mário Soares dizer que era mais importante realizar-se antes do referendo sobre o aborto um outro referendo, sobre a Constituição Europeia.
Não devia um senhor com o “peso” que tem sobre a sociedade Portuguesa, tentar medir melhor as suas palavras e recordar-se dos perigos existentes na não legalização do aborto que levantam princípios sobre a dignidade das mulheres.

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