18.3.05

O abominável homem das neves.

Estamos a viver num momento crucial da historia da humanidade, chegamos ao anunciado ponto de “não retorno”, os índices de poluição continuam a aumentar assustadoramente, Desde a conferencia do Rio de Janeiro em 92 que não se viu mais nenhuma mobilização mundial capaz de ser mediática ao ponto de se fazerem algumas mudanças, a não ser o tratado de Quioto que é todos os dias desrespeitado mundialmente, inclusive por Portugal. Não se vêm progressos tecnológicos capazes de aguentar a sustentabilidade do planeta, todos os modelos energéticos alternativos como a utilização de células fotovoltaicas, os aerogeradores eólicos, e até os automóveis híbridos são uma milionésima parte daquilo que podia ser feito, mas como se vê mesmo estes modelos são descorados com o propósito de continuar a rentabilizar a industria petrolífera a mando dos seus proprietários donos do mundo, estas energias alternativas podiam ajudar a reequilibrar os ecossistemas no nosso planeta, mas os interesses assim não o permitem. Estas não são as únicas correntes malignas que levam a deterioração do planeta, como é do conhecimento geral, todos os anos uma área equivalente à da Bélgica é destruída na Amazónia, vamos culpar quem? O governo Brasileiro? Sim, podemos fazer isso, mas enquanto todos continuarem a utilizar a madeira como um acessório de luxo para impressionar os convidados nas nossas casas (para mim obviamente de uma maneira negativa), a culpa passa a ser também de quem é conivente com tal barbaridade ecológica. Apesar dos fluorclorocarbonetos (CFC utilizados nos perfumes, lacas, desodorizantes etc) terem sido proibidos, muitas marcas continuam a utiliza-los usando compostos químicos com bases muito semelhantes mas com outro nome conseguindo assim contornar os inconvenientes que uma multa (bastante ligeira comparando com o volume de negócios gerado) poderia trazer. A multa não incomoda os fabricantes, nós é que temos que os incomodar não usando os seus produtos. Muitas outras causas estão na origem dos muitos problemas ecológicos irreversíveis, mas muitas destas causas todos nós podemos ajudar a minimizar com pequenos gestos diários. Os nossos gestos de hoje vão ser decisivos para o amanha, se a consciencialização do problema não se alargar e se as mentalidades não mudarem, bem podemos começar a pensar em forçar os nossos filhos a estudar física astronómica para arranjarmos um outro planeta para a continuação da humanidade e todas as outras espécies que lhe conferem o equilíbrio único. O Homem quer se evidenciar e diferenciar de todos os outros animais dizendo que tem um cérebro com “consciência”…Onde está essa consciência? Podemos mais facilmente e por analogia comparar-nos com os vírus que vivem e destroem os seus hospedeiros até lhe provocarem uma morte prematura. O Homem esta a explorar todos os recursos e consequentemente a destruí-los, nos últimos 100 anos desapareceram mais espécies do que em qualquer outra altura, até nos pontos mais recônditos do planeta já se estão a notar as mudanças provocadas pelo Homem, como nos pólos, onde as calotes polares que são as maiores reservas de agua doce de todo o planeta estão a derreter a uma escala assustadora, em que as consequências não se traduzem apenas pela perda dessa agua, mas também ao aumento dos níveis dos oceanos (o que já esta a acontecer), destruindo assim todo o equilíbrio sensível existente nas orlas costeiras. A destruição de um único ser de um ecossistema pode levar a um desaparecimento avassalador de todos os outros seres que lhe estão ligados simbioticamente, o efeito é o de uma bola de neve, começando, as probabilidades de a suster são reduzidas, e as probabilidades de a fazer subir novamente ao topo da montanha são praticamente nulas.
Cabe-nos a nós mudar… e lutar por um desenvolvimento sustentável, não dói nada ou pode doer tudo….

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